Pix sob ataque? Banco Central lança botão de emergência para proteger usuários de golpes
Com o novo MED 2.0, contestar fraudes ficou mais fácil, e a segurança digital entra em outro nível
O Pix se consolidou como o principal meio de pagamento no Brasil, com mais de 150 milhões de usuários e bilhões de transações mensais. Mas com o crescimento acelerado, vieram também os desafios: fraudes, golpes e transferências feitas sob coação se tornaram cada vez mais comuns. Para enfrentar esse cenário, o Banco Central lançou o MED 2.0, uma atualização do Mecanismo Especial de Devolução que promete transformar a forma como lidamos com segurança digital.
Em vigor desde 1º de outubro de 2025, o MED 2.0 traz uma série de melhorias que tornam o processo de contestação mais ágil e acessível. A principal novidade é o botão de contestação direto no aplicativo bancário, permitindo que o usuário acione o mecanismo sem precisar ligar para a central de atendimento ou abrir protocolos complexos.
Outra evolução importante é a expansão da rastreabilidade dos valores, que agora podem ser acompanhados por várias contas subsequentes. Isso aumenta significativamente a chance de recuperação em casos de fraude, golpe ou transferência sob coação. Além disso, o tempo de resposta das instituições financeiras foi padronizado e os processos automatizados, deixando assim o processo de devolução mais transparente. O objetivo é garantir que o Pix continue sendo uma ferramenta segura, mesmo diante de tentativas de fraude cada vez mais sofisticadas.
Mais proteção para consumidores e comerciantes
Para quem vende online, recebe pagamentos via Pix ou trabalha com serviços digitais, o MED 2.0 representa um avanço importante. A possibilidade de contestar rapidamente uma transação suspeita traz mais tranquilidade para consumidores e comerciantes, que agora contam com um sistema mais robusto para lidar com situações de risco.
A medida também contribui para aumentar a confiança nas transações digitais, especialmente em um momento em que o e-commerce e os pagamentos instantâneos se tornam padrão no Brasil. “O MED 2.0 é um divisor de águas na segurança dos pagamentos instantâneos. Ele não apenas agiliza a devolução de valores em casos de fraude, como também fortalece a confiança do consumidor e do varejo digital. É uma evolução necessária para acompanhar o volume e a velocidade das transações via Pix”, observa José Barletta, diretor técnico da Ingenico líder global em soluções de aceitação de pagamentos.
Pix e cartões: os números da revolução digital
Segundo dados do Banco Central, o Pix já ultrapassou os cartões de débito e crédito em número de transações. Em 2025, foram mais de 37 bilhões de operações via Pix apenas no primeiro semestre, contra ~23 bilhões com cartões de crédito e de débito no mesmo período. O crescimento exponencial mostra que o brasileiro adotou o Pix como parte da rotina, e que a segurança precisa acompanhar esse ritmo.
Com o MED 2.0, o Banco Central dá um passo importante para proteger os usuários e consolidar o Pix como um dos sistemas de pagamento mais modernos e confiáveis do mundo.



